terça-feira, 17 de junho de 2008

A história de um povo faz-se, preservando as suas raízes.


A riqueza de cada localidade ou região, são sem duvida as pessoas, são elas que dão vida e caracterizam das mais diversas formas a sua terra. São elas que com o seu trabalho no dia a dia a desenvolvem quer social, quer culturalmente.
Desde, o século XII, que a povoação que viria a dar origem á Nazaré, vive e marca as referências da nossa terra, foi a Pederneira um importante porto que recebeu do rei D. Manuel I, o foral em 1514. Isto todos nós sabemos.
Sabemos ainda que a Nazaré, o conjunto urbano formado pela Pederneira, Sitio e Praia, foi designada vila em 1912.
E sabemos mais, muito mais, mas será que todos temos memória da formação da nossa terra?
Mas não falemos só da formação, falemos dos nossos costumes.
Outro dia estava a rever algumas fotografias antigas e um rapaz com cerca de quinze anos, perguntou o que era aquilo que a moça levava ás costas, disse-lhe que era um “odre”, ele muito admirado disse-me que nunca tinha ouvido falar. Fiquei surpreendido e expliquei exactamente o que era e para que servia na nossa terra, pois o “odre”, tem outras aplicações noutros locais.
Perguntei-lhe se conhecia outros termos, relacionados com as artes de pesca da Nazaré, como “bartidor”, deste termo já tinha ouvido falar mas não sabia ao certo o significado, falei-lhe de outros como “enxama”, “cágado”, “smine”, e falamos de outros que me ia lembrando.
Digo-vos fiquei triste, porque penso que como este jovem, muitos há que não sabem um pouco daquilo que são as nossas “raízes”.
É bom de ver a “arte xavega”, na praia, mas não seria interessante explicar como apareceu, e os seus apetrechos.
Ainda bem que à Carnaval, porque sempre aprendemos os “Lances “, com as marchas, ou o que é o “picol”.
Temos que fazer prevalecer a nossa identidade, as nossas raízes não podem morrer. Se não as alimentarmos elas secam e morrem, não queremos ser um povo sem identidade, temos de alimentar as nossas raízes. A Nazaré tem vida. A Nazaré tem identidade. A Nazaré tem História. A Nazaré tem RAIZES.

2 comentários:

gaivota disse...

não há terra como a praia, nem sítio como a pederneira!
mai nada! toma lá e anda!
bom texto, parabéns, pois quem é de cá, é de cá...
beijinhos

poetaeusou . . . disse...

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amigo carlos
obrigado pelo teu post
,
nazaré contente
vai toda para a rua
toda a sua gente
baila a luz da lua
e até o mar ............
,
abraço
,
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