quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dar “Chui”, não é chamar o policia.


Ao falarmos das nossas raízes, e de alguns termos ligados à arte xavega na Nazaré, lembramo-nos de um termo que se utilizava na Lota a quando da venda do peixe.
O “Chui”, é também um termo do nosso vocabulário que muitos jovens de certeza não sabem o que significa, e que teve muito valor na vida nazarena, pois com o “Chui” fazia-se variar o valor do pescado. Não…, não tem nada a ver com a policia.
Quando o peixe chegava á lota era posto á venda, e um senhor começava a fazer uma contagem decrescente que ia indicar o preço do peixe, até que o comprador interessado dizia “Chui”, e aqui parava essa contagem e era atribuído o último preço “cantado” pelo vendedor.
Agora imaginem o que era quando mais do que uma pessoa dava o “Chui”, era giro…, mas logo também resolvido com algum “civismo”.
Esta é uma cena que hoje é reproduzida no nosso areal, que também quanto a mim carece de explicação a quem assiste.
Mais deve ser ensinada aos jovens nazarenos, que dos seus “termos” e “raízes”, pouco ou nenhum conhecimento tem. Sim porque hoje o ”Chui” é electrónico e sem confusão.
Outros termos, outros vocábulos nazarenos, merecem ser divulgados e apreendidos pelos nossos jovens para que possamos preservar a nossa identidade.
Porque a Nazaré tem vida. A Nazaré tem identidade. A Nazaré tem História. A Nazaré tem RAIZES.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A história de um povo faz-se, preservando as suas raízes.


A riqueza de cada localidade ou região, são sem duvida as pessoas, são elas que dão vida e caracterizam das mais diversas formas a sua terra. São elas que com o seu trabalho no dia a dia a desenvolvem quer social, quer culturalmente.
Desde, o século XII, que a povoação que viria a dar origem á Nazaré, vive e marca as referências da nossa terra, foi a Pederneira um importante porto que recebeu do rei D. Manuel I, o foral em 1514. Isto todos nós sabemos.
Sabemos ainda que a Nazaré, o conjunto urbano formado pela Pederneira, Sitio e Praia, foi designada vila em 1912.
E sabemos mais, muito mais, mas será que todos temos memória da formação da nossa terra?
Mas não falemos só da formação, falemos dos nossos costumes.
Outro dia estava a rever algumas fotografias antigas e um rapaz com cerca de quinze anos, perguntou o que era aquilo que a moça levava ás costas, disse-lhe que era um “odre”, ele muito admirado disse-me que nunca tinha ouvido falar. Fiquei surpreendido e expliquei exactamente o que era e para que servia na nossa terra, pois o “odre”, tem outras aplicações noutros locais.
Perguntei-lhe se conhecia outros termos, relacionados com as artes de pesca da Nazaré, como “bartidor”, deste termo já tinha ouvido falar mas não sabia ao certo o significado, falei-lhe de outros como “enxama”, “cágado”, “smine”, e falamos de outros que me ia lembrando.
Digo-vos fiquei triste, porque penso que como este jovem, muitos há que não sabem um pouco daquilo que são as nossas “raízes”.
É bom de ver a “arte xavega”, na praia, mas não seria interessante explicar como apareceu, e os seus apetrechos.
Ainda bem que à Carnaval, porque sempre aprendemos os “Lances “, com as marchas, ou o que é o “picol”.
Temos que fazer prevalecer a nossa identidade, as nossas raízes não podem morrer. Se não as alimentarmos elas secam e morrem, não queremos ser um povo sem identidade, temos de alimentar as nossas raízes. A Nazaré tem vida. A Nazaré tem identidade. A Nazaré tem História. A Nazaré tem RAIZES.

domingo, 8 de junho de 2008

Caminhar


Está na “moda” o caminhar.
Aproveitando estarmos a falar de Atletismo, nos meus últimos escritos, gostava de dar algumas dicas ás pessoas que fazem caminhadas.
É normal vermos muita gente fazer caminhadas ao longo da marginal e noutros locais como a Ciclo-Via do Sitio para as Paredes, mas poucas são as que na verdade fazem bem. Caminhar, é bom faz muito bem á saúde, mas não com saltos altos, chinelas, calças de ganga, etc.…
Dos exercícios ditos aeróbios, a caminhada é sem sombra de dúvida a modalidade que reúne o maior número de qualidades. Todas as pessoas que não apresentam limitações físicas importantes podem caminhar. Todos aprendemos a caminhar muito cedo, portanto, somos bio mecanicamente mais eficientes durante uma caminhada, do que durante qualquer outra actividade física. Permite ao iniciado começar o seu programa de exercícios com cargas bem leves de trabalho e, com o tempo, ir progredindo lentamente, até atingir a intensidade ideal de treino.
O custo dessa actividade física é muito baixo e pode ser realizada em praticamente qualquer lugar. Seja na rua, nos parques, na praia, no campo, realmente qualquer lugar serve para quem quer dar uma boa caminhada.
Como todo exercício aeróbio é importante que a caminhada se prolongue por pelo menos 20 minutos. Isso é necessário para promover a melhoria da condição física. Isso significa que com o decorrer do treino, maiores distâncias passarão a ser percorridas com menos esforço e com mais velocidade. Quando a caminhada dura menos do que 20 minutos, ela também promoverá melhorias na saúde, queimará gorduras e trará bem-estar, mas a melhoria na condição física é menor.
Para a saúde, é muito melhor caminhar pouco do que não caminhar nada.É muito importante que a caminhada se estenda por mais de 20 minutos, mas, não é necessário que a duração exceda 60 minutos.
É mais importante para o iniciado, primeiro aumentar o tempo da caminhada, antes de preocupar-se com a velocidade. Depois de caminhar confortavelmente, por 40 a 60 minutos, só então deverá aumentar a velocidade da caminhada. Para adultos saudáveis, a velocidade de 6,5 km por hora é excelente em termos de gasto calórico e de condicionamento cardiovascular, podendo ser usada como uma meta a ser atingida. Nunca esquecendo que cada indivíduo tem os seus próprios limites, os quais devem sempre ser respeitados.
Procure um local agradável e seguro, onde não haja poluição, evite também locais onde o terreno seja muito acidentado.
Use roupas leves e confortáveis. Evite tecidos sintéticos ou qualquer outro tecido que prenda seus movimentos. Use uns ténis com amortecimento adequado. O relógio é importante para medir a duração da sessão de caminhada, as meias também são importantes, opte por meias finas para não causar bolhas.
Antes de iniciar a caminhada, tenha em atenção, que é importante que esteja hidratado e tenha feito a ingestão de algum alimento pelo menos uma hora antes. Deve-se iniciar com alguns exercícios de alongamentos como, pescoço, braços, tronco pernas e pés. O alongamento inicial é importante pois ajuda a preparar os músculos para o início da actividade. Estes alongamentos podem durar entre cinco a dez minutos.
Iniciamos a caminhada com um ritmo mais lento durante cinco a dez minutos, pois ainda estamos em fase de aquecimento, depois é caminhar tendo sempre em atenção a sua frequência cardíaca. Quando estiver a finalizar a sua caminhada, desacelere o andamento para recuperar o seu ritmo cardíaco normal, fazendo também alongamentos como fez no inicio. Não se esqueça que a hidratação é tão importante no princípio como no fim da caminhada.
Boas caminhadas.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

“O prazer de correr na Nazaré á Noite”


Depois de termos escrito sobre a não realização da “Volta à Praia”, consultamos o “sitio” da nazarefm.com, e vimos que já se encontra uma informação sobre a não realização desta prova.
A razão da não realização não está expressa, será de bom tom, que os senhores directores da Meia-Maratona Internacional da Nazaré – Associação de Cultura e Desporto, informarem os seus associados, os atletas e outras pessoas interessadas, qual ou quais as razões, que os levaram a não realizar a “Volta à Praia” este ano, e se é ou não para continuar, pois daquilo que está escrito leva-nos a pensar que sim.
Gostámos também de saber que a Associação, garante que não vai deixar de apostar no Atletismo, e que vai alargar o plano de actividades a desenvolver no futuro.
Ainda bem, porque já se diz para aí que a Secção de Atletismo não vai ter continuidade na próxima época, e que em vez de provas de Atletismo, estão mais virados para as provas de Triatlo e BTT.
Não é, que essas organizações não sejam bem vindas, mas e as outras que já fazem parte da história do Atletismo da Nazaré.
Não podem os senhores dirigentes da Meia-Maratona Internacional da Nazaré – Associação de Cultura e Desporto, esquecer que esta Colectividade é o prolongamento a continuidade do Atletismo na Nazaré, que conta segundo alguns mais de 55 anos, com alguns grandes resultados.
Espero ver, as respostas às dúvidas aqui deixadas serem apresentadas, para que não me leve a pensar, aquilo que nos outros espaços já escrevi á cerca da atitude tomada.
Até lá, afirmo que os senhores directores estão ligados a uma das páginas mais tristes e negras do Atletismo da Nazaré. A não realização da “Volta á Praia” – O Prazer de correr na Nazaré à noite.