Chegou o Sol… com ele o sorriso.
É verdade hoje 25 de Abril de 2008, está um dia magnífico de SOL, o “astro rei” no seu total esplendor. Com ele já se ouvem os sorrisos das pessoas que vieram até à nossa terra, com o intuito de passar um dia de praia, como á muito não desfrutavam.
Faz-nos lembrar, o mesmo dia em 1974, quando esse grupo de Capitães (SOL), nos devolveram a dignidade de sermos homens e mulheres livres (sorrisos).
Como agora nos libertamos (esperamos) da intempérie, também nessa altura nos libertamos dessa “noite”, tão longa do estado novo, da opressão a que estávamos sujeitos, da repressão que vivíamos todos os dias, do medo, da angustia, da incerteza do dia seguinte, porque nós tínhamos já consciência do tempo que vivíamos.
Tínhamos essa consciência, porque embora longe dos grandes centros de decisão, muitos factos marcavam a nossa juventude.
Numa localidade a cerca de cem quilómetros da capital. Tínhamos contactos com algumas figuras intelectuais do nosso pequeno meio, que nos iam informando e dando a conhecer o que se passava, tínhamos aqui ao lado (Cela) o “General sem Medo”, tínhamos contacto com outros povos que nos visitavam para desfrutar da nossa magnifica praia, e informavam-nos da sua maneira de viver, tínhamos também conhecimento do que se passava em outras paragens, através dos nossos colegas “embarcadiços”, era este o nome que se dava aqueles que faziam a sua vida na marinha mercante portuguesa. Enfim, quem não tivesse (muito) medo, sempre aprendia e sabia mais do que “eles” queriam que soubéssemos.
Foram, eles o SOL (Capitães) da nossa liberdade. Como posso esquecer o dia em que ao despertar para mais um dia de escola, fui surpreendido no caminho para o Externato, com a música que ouvia nas rádios, música portuguesa e do nosso folclore. Ao chegar às aulas tomei conhecimento do que se estava a passar, eram oito horas da manhã. Quem é que tinha calma para estar numa sala de aulas?...
Vim logo para baixo, dirigi-me para casa, ao passar por uma papelaria, informaram-me que tinha chegado o livro que tinha encomendado, “Portugal e o Futuro” (por coincidência) de António Spínola. A moça da livraria rejubilava como eu, porque ela também vivia intensamente as dificuldades que se faziam sentir no nosso país até esse dia.
Era uma das jovens que tinham a consciência de liberdade, e que também sentia a opressão, a angustia, o medo. E os dois gritamos Liberdade…Liberdade…
É verdade hoje 25 de Abril de 2008, está um dia magnífico de SOL, o “astro rei” no seu total esplendor. Com ele já se ouvem os sorrisos das pessoas que vieram até à nossa terra, com o intuito de passar um dia de praia, como á muito não desfrutavam.
Faz-nos lembrar, o mesmo dia em 1974, quando esse grupo de Capitães (SOL), nos devolveram a dignidade de sermos homens e mulheres livres (sorrisos).
Como agora nos libertamos (esperamos) da intempérie, também nessa altura nos libertamos dessa “noite”, tão longa do estado novo, da opressão a que estávamos sujeitos, da repressão que vivíamos todos os dias, do medo, da angustia, da incerteza do dia seguinte, porque nós tínhamos já consciência do tempo que vivíamos.
Tínhamos essa consciência, porque embora longe dos grandes centros de decisão, muitos factos marcavam a nossa juventude.
Numa localidade a cerca de cem quilómetros da capital. Tínhamos contactos com algumas figuras intelectuais do nosso pequeno meio, que nos iam informando e dando a conhecer o que se passava, tínhamos aqui ao lado (Cela) o “General sem Medo”, tínhamos contacto com outros povos que nos visitavam para desfrutar da nossa magnifica praia, e informavam-nos da sua maneira de viver, tínhamos também conhecimento do que se passava em outras paragens, através dos nossos colegas “embarcadiços”, era este o nome que se dava aqueles que faziam a sua vida na marinha mercante portuguesa. Enfim, quem não tivesse (muito) medo, sempre aprendia e sabia mais do que “eles” queriam que soubéssemos.
Foram, eles o SOL (Capitães) da nossa liberdade. Como posso esquecer o dia em que ao despertar para mais um dia de escola, fui surpreendido no caminho para o Externato, com a música que ouvia nas rádios, música portuguesa e do nosso folclore. Ao chegar às aulas tomei conhecimento do que se estava a passar, eram oito horas da manhã. Quem é que tinha calma para estar numa sala de aulas?...
Vim logo para baixo, dirigi-me para casa, ao passar por uma papelaria, informaram-me que tinha chegado o livro que tinha encomendado, “Portugal e o Futuro” (por coincidência) de António Spínola. A moça da livraria rejubilava como eu, porque ela também vivia intensamente as dificuldades que se faziam sentir no nosso país até esse dia.
Era uma das jovens que tinham a consciência de liberdade, e que também sentia a opressão, a angustia, o medo. E os dois gritamos Liberdade…Liberdade…
2 comentários:
Precisamos continuar a gritar essa liberdade
A lutar por essa liberdade
Não podemos deixar desvanecer
O que a pulso forte e cravos foi conquistado
*
liberdade,
para todo o sempre,
numa esperança,
diluida,
esvaida,
amarelecida,
de um povo inerte,
,
saudações
,
*
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