sexta-feira, 25 de abril de 2008

CHEGOU O SOL… COM ELE O SORRISO


Chegou o Sol… com ele o sorriso.
É verdade hoje 25 de Abril de 2008, está um dia magnífico de SOL, o “astro rei” no seu total esplendor. Com ele já se ouvem os sorrisos das pessoas que vieram até à nossa terra, com o intuito de passar um dia de praia, como á muito não desfrutavam.
Faz-nos lembrar, o mesmo dia em 1974, quando esse grupo de Capitães (SOL), nos devolveram a dignidade de sermos homens e mulheres livres (sorrisos).
Como agora nos libertamos (esperamos) da intempérie, também nessa altura nos libertamos dessa “noite”, tão longa do estado novo, da opressão a que estávamos sujeitos, da repressão que vivíamos todos os dias, do medo, da angustia, da incerteza do dia seguinte, porque nós tínhamos já consciência do tempo que vivíamos.
Tínhamos essa consciência, porque embora longe dos grandes centros de decisão, muitos factos marcavam a nossa juventude.
Numa localidade a cerca de cem quilómetros da capital. Tínhamos contactos com algumas figuras intelectuais do nosso pequeno meio, que nos iam informando e dando a conhecer o que se passava, tínhamos aqui ao lado (Cela) o “General sem Medo”, tínhamos contacto com outros povos que nos visitavam para desfrutar da nossa magnifica praia, e informavam-nos da sua maneira de viver, tínhamos também conhecimento do que se passava em outras paragens, através dos nossos colegas “embarcadiços”, era este o nome que se dava aqueles que faziam a sua vida na marinha mercante portuguesa. Enfim, quem não tivesse (muito) medo, sempre aprendia e sabia mais do que “eles” queriam que soubéssemos.
Foram, eles o SOL (Capitães) da nossa liberdade. Como posso esquecer o dia em que ao despertar para mais um dia de escola, fui surpreendido no caminho para o Externato, com a música que ouvia nas rádios, música portuguesa e do nosso folclore. Ao chegar às aulas tomei conhecimento do que se estava a passar, eram oito horas da manhã. Quem é que tinha calma para estar numa sala de aulas?...
Vim logo para baixo, dirigi-me para casa, ao passar por uma papelaria, informaram-me que tinha chegado o livro que tinha encomendado, “Portugal e o Futuro” (por coincidência) de António Spínola. A moça da livraria rejubilava como eu, porque ela também vivia intensamente as dificuldades que se faziam sentir no nosso país até esse dia.
Era uma das jovens que tinham a consciência de liberdade, e que também sentia a opressão, a angustia, o medo. E os dois gritamos Liberdade…Liberdade…

MERECIDISSIMA HOMENAGEM



Há pessoas que a sua memória vive para além dos tempos.
São pessoas, que deixaram obra feita, que deixaram saudades, que ainda hoje dizemos “fazem falta”…
Normalmente em vida, ou são esquecidas ou não se lhe dá o devido valor. O valor que sem dúvida, lhes era devido, pois só após o seu desaparecimento do convívio dos vivos, se lhe reconhece a importância da sua passagem por este mundo.
Pela primeira vez, que me recorde, vai ser prestada MERECIDISSIMA HOMENAGEM, a uma figura pública da minha terra, e que todos os que convivemos com ele, sentem esta com muito alegria ao ver ser reconhecido pela autarquia o seu valor como cidadão desta terra, que ajudou a cultivar. Não só, por ter dado inicio ao Externato, que permitiu à grande maioria de jovens não sair da sua terra para prosseguir os seus estudos, mas também pelos seus ensinamentos, não só nas disciplinas que tão habilmente ensinava, mas também em conceitos de vida.
Foi com ele que eu aprendi quem eram algumas figuras politicas internacionais antes do 25 de Abril de 1974, foi com ele que eu tomei conhecimento com outras realidades politicas existentes no mundo de então, foi com ele que eu conheci alguns famosos pensadores, foi com ele que eu comecei a despertar para a vida.
Quando a certa altura da minha vida de estudante resolvi ser deselegante, resolvi abandonar a escola, foi ele que me incutiu o sentido de responsabilidade, para com a sua instituição e para com a minha família, é a ele que eu devo hoje toda a minha cultura geral, é a ele que eu devo o respeito que tenho pelos outros, por todos aqueles que como ele nos ensinaram a ser aquilo que hoje muitos de nós nos orgulhamos de ser.
O que seria da minha terra, se ele não tivesse edificado o Externato, esse estabelecimento de ensino, que cultivou, a maioria dos rapazes e raparigas desta terra e não só, porque lembramo-nos de muitos dos nossos colegas que vinham de longe estudar para cá. E que ainda hoje gosta desta terra como sendo sua.
Obrigado Dr. Fernando Rodrigues Soares…

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A EVOLUÇÃO NÃO PÁRA…

Os tempos correm, o mundo avança, evolui, não pára.
Cada vez mais depressa, que muitas vezes nem damos pela velocidade, das modificações à nossa volta.
Modificações que são de toda a índole, desde o pensamento até às coisas mais banais da vida.
Recordarmos que, à pouco mais de trinta anos, para nos deslocarmos à capital, tínhamos de ir de véspera, demorávamos mais de quatro horas, hoje esse mesma viagem faz-se em pouco mais de uma hora.
È, na verdade a evolução dos tempos o evoluir sem parar, o evoluir…o evoluir
Mas, para nós portugueses, a nossa evolução, aparece com o 25 de Abril de 1974, uma evolução, tão desejada por todos aqueles que lutavam pelo seu ideal a “LIBERDADE”.
Deixamos de olhar para o lado com medo do outro…deixamos de ter medo da nossa própria sombra…deixamos de ter medo de viver…
A evolução que começou com a liberdade de expressão. Deixamos de estar amordaçados pelos lápis de censura… deixamos de estar amordaçados por aqueles que nos cortavam o pensamento… deixamos de estar amordaçados e a evolução do pensamento desabrochou, como os cravos desse dia magnifico, em que aquele punhado de CAPITÃES nos devolveram a alegria de viver… a alegria de sermos portugueses…

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O NOSSO SORRISO DÁ FELICIDADE AOS OUTROS


Todos nós temos, os nossos momentos de tristeza, de cansaço, de inquietude, de mal-estar.
Se sairmos de nós mesmos, e interessar-mos pelos outros, compreendermos que aqueles que nos rodeiam têm o direito de nos ver alegres, é o principio para melhorarmos esses momentos.
Quem ajuda na procura da felicidade dos outros, encontra o seu próprio bem estar, a sua felicidade, quase sem dar por isso, é sinal de que não se preocupa só consigo, mas procura ajudar os outros.
As pessoas, que escondem a sua angústia, a sua insegurança são pessoas mal humoradas, que com o tempo moldam o seu carácter por detrás de um semblante brusco e distante. A vitoria sobre o próprio medo, sobre a própria debilidade, gera o bom humor. Medos e debilidades, todos nós temos, a diferença entre uns e outros está no modo de os enfrentar. O sensato é fazê-lo com um pouco de bom humor, rindo-se um pouco de si mesmo se for necessário.
É uma grande sorte ter á nossa volta pessoas que sabem sorrir.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ESTOU TRISTE... MUITO TRISTE...


Estou triste... muito triste, porque já não vejo, já não ouço o sorriso das crianças, das mulheres, dos homens da minha terra.
A minha terra, era um vila alegre sempre bem disposta, sempre com uma laracha ao virar da esquina, eram os gritos das mães a chamarem pelos filhos, eram as brincadeiras das crianças nas ruas, eram os homens a caminho da cabana ou da areia, sempre bem dispostos, sempre com alegria a que o sorriso não faltava.
E agora, em vez do sorriso temos o quê?...
O desprezo pelos outros, o mal dizer, a desconfiança, a intriga, a inveja, a calunia… eu não quero esta terra, quero a minha de volta, quero voltar a ouvir o sorriso das crianças, das mulheres dos homens da minha terra.
Porque o “sorriso” mesmo que seja triste, vale mais que a tristeza de não saber “sorrir”.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O SORRISO MESMO QUE SEJA TRISTE, VALE MAIS QUE A TRISTEZA DE NÃO SABER SORRIR


O “sorriso” é como o Sol num dia enevoado, dá prazer e estimula.
Quando a vida não nos faz sorrir é porque estamos mesmo mal, ou o ambiente à nossa volta não nos estimula, ou por outras razões das mais diversas ordens.
Muitas vezes, dizemos que tristezas não pagam dividas, queremos com isto dizer, para quê estarmos tristes se os problemas continuam até encontrarmos solução. Por isso o mais importante é reagirmos com um “sorriso.”
A alegria de viver deveria estar presente em todos nós, com ou sem problemas, porque todos nós sabemos “sorrir,” era importante que os nossos governantes, também soubessem “sorrir,” para que a nossa vida ainda que mais sofrida, fosse mais leve.
Mas também aqueles que nos fazem chegar as mais diversas noticias, soubessem também “sorrir,” para de vez em quando aliviarem o nosso sofrimento com noticias mais leves e não noticiarem sempre com um ar triste.
Porque o “sorriso” mesmo que seja triste, vale mais que a tristeza de não saber “sorrir”.